Néctar do Oriente: Desvendando os Segredos dos Saquês

Vocês estão cansados de ouvir sobre bebida? Porque nós por aqui não. Temos uma vasta lista de drinks e bebidas variadas para compartilhar com vocês.

Falar sobre bebidas, especialmente as típicas de certas culturas, é quase uma viagem sem sair de casa. Repletas de histórias e curiosidades, essas bebidas são capazes de despertar o desejo de uma nova viagem para um novo destino.

Pensando nisso, nós trouxemos uma bebida popular e nada brasileira ou ocidental para compartilhar com vocês. Muito pelo contrário, a bebida popularmente conhecida e apreciada no continente asiático, foi inventada na antiga China e disseminada para os quatro cantos da terra. Porém, logo ali a mais de 17.000 km de distância de terras brasileiras, no Japão, o saquê começou a fazer história.

Então, bora descobrir um pouco mais sobre a cultura no Japão e tudo sobre o famoso Saquê? Fica de olho que no decorrer do texto, compartilharemos links de conteúdos extras, produtos e serviços para vocês explorarem mais. 😉

Cultura Japonesa no Brasil e no mundo

Desembarcamos no Japão?!

 Ainda não, mas nem por isso deixamos de trazer conteúdos de qualidade para vocês explorarem junto com a gente e já anotarem diversas dicas para planejar a sua próxima viagem ao Japão.

Caso você seja como nós, duas curiosas que amam descobrir o novo por aí, você definitivamente chegou no lugar certo e está prestes a mergulhar em uma nova cultura, a japonesa, ou pelo menos parte dela.

De tudo, acredito que vocês não são totalmente alheios à cultura japonesa.

Os famosos restaurantes japoneses estão espalhados pelo mundo, com seus populares sushis e comidas típicas sendo campeões de vendas em aplicativos de delivery. Além disso, você pode ter assistido um drama nipônico (J-drama), participado de um festival cultural do Japão na sua região ou lido alguns mangás.

Ah e não vamos esquecer dos famosos festivais de animê que você pode ir e conferir um pouco da cultura no japão, vestido de cosplay do seu personagem favorito de jogos ou animes.

Há diversas opções para começar a explorar a cultura japonesa em outros países, até porque, existe uma comunidade bem engajada e orgulhosa das suas tradições espalhadas pelo mundo.

A cultura japonesa é bem rica e particular, logo, celebrar suas tradições ou até mesmo criar eventos e negócios relacionados ao Japão, os fazem estar perto de casa, mesmo a quilômetros de distância.

Traduzindo para nós, viajantes e curiosos sobre uma nova cultura é o mesmo que uma bela oportunidade de vivenciar uma nova experiência, mesmo sem precisar viajar para o outro lado do mundo.

Pensando nos costumes e no dia a dia da cultura japonesa fora do Japão, temos São Paulo. Dizem por aí, ser um dos locais a qual abriga a maior comunidade japonesa fora do Japão, atualmente alcançando a marca de quase 2 milhões de cidadãos nipo-brasileiros, os quais começaram a migrar para o Brasil 115 anos atrás com pouco mais de 780 japoneses.

Demais né?!

São Paulo é uma cidade brasileira que tem personalidade própria e até diria que um grande exemplo de diversidade e cultura. Na cidade você poderá explorar o bairro Liberdade situado na região central de São Paulo, a qual abriga uma grande comunidade nipo-brasileira.

O acesso ao local é bem fácil, já que indo de metrô você poderá parar na estação Japão Liberdade e dar de cara com a famosa praça da Liberdade que é bem popular aos domingos com sua feira típica.

Confere só a experiência da conta “Caneca de viagem” e me diz se não vale a pena visitar.

@canecadeviagem

Um pedacinho do Japão em SP ⛩️ O passeio pelo bairro da Liberdade é imperdível para quem visita São Paulo ou até mesmo para quem mora na cidade. O bairro, localizado na região central, abrigar a maior comunidade japonesa do país e tem várias lojas com comidas, produtos orientais, utensílios para casa etc. Opções de restaurantes também não faltam por lá, dos mais instagramáveis aos mais acessíveis. 📍Para chegar lá de transporte público, é só descer na estação Japão-Liberdade, da linha 1-azul, do Metrô. Você já visitou o bairro da Liberdade? Me conta aqui nos comentários 🤩 #passeiosemsp #bairroliberdade #japaoliberdade

♬ som original – canecadeviagem

Seja pela gastronomia, arquitetura ou a própria cultura repleta de fatos e tradições milenares, a cultura Japonesa tanto no Brasil quanto no mundo é bem particular e intrigante. Que tal, entrar em detalhes e explorar um pouco mais?!

Cultura no Japão

Parece que posso até escutar aquela trend das redes sociais: “…O que passa na cabeça dela…”, todas as vezes que estou pensando sobre um novo destino.

É bem uma confusão de pensamentos, ao mesmo tempo que estou pensando no planejamento e custos, já vem uma lista de lugares para visitar ou até mesmo a curiosidade sobre como me portar ou o que não fazer em determinado destino. Afinal, não queremos ofender ninguém principalmente pela falta de conhecimento da cultura do país ou localidade a ser visitado.

E neste caso, somos bem abertas por aqui, partilhamos nossas experiências e dicas para evitar que você passe o famoso perrengue na gringa e ainda mais por falta de informação.

Não custa nada dar um “Google” e aprender mais sobre o destino, não é?! E a nossa dica de ouro por aqui é: Pesquise sobre a cultura e os costumes básicos para onde você está indo. O que pode ser normal para você, não significa que será para o outro.

Respeitar a cultura e as normas de um país é o mínimo da sua parte, até mesmo para você ter boas recordações da sua próxima viagem.

O porquê falamos sobre respeitar e pesquisar a cultura, logo sobre o Japão?

Porque queridos, se vocês forem brasileiros ou do ocidente, já tenham em mente que é uma cultura totalmente diferente do ocidente. Então, vocês precisam adaptar-se em especial sobre o “mindset” e não chegarem lá, achando que é que nem o boteco da esquina da sua casa, o que de fato não é.

Se o boteco da esquina fosse tão organizado e bonito do jeito que parece todas as cidades turísticas no Japão, eu nem saia de lá. Vale o investimento do seu tempo na internet buscando sobre a cultura para você aproveitar como se deve, mas como somos “fifis” vamos começar com algumas curiosidades e vocês continuam por aí, fechado?!

Que tal falar sobre boas maneiras ou etiqueta?!

Como chamar é sua escolha, o ponto aqui é: Se eu pudesse descrever o que vários dos guias de viagem ou vários artigos dizem sobre a cultura no Japão, diria para você lembrar-se de boas maneiras. Muitas coisas que são toleradas no ocidente, não são  bem-vistas por lá.

Esse post do Chubb, diz muito sobre “etiqueta no Japão”. É uma boa leitura para quem está planejando ir para lá. (Obs: Usa o tio Google para te ajudar a ler o conteúdo, se o seu inglês está enferrujado ou ainda não começou a estudar a língua inglesa. Faz uma forcinha, vai! Garantimos que vale o seu tempo. 😉)

Pensando nos motivos do porquê você deveria colocar o Japão na sua lista de lugares para visitar, o próprio guia de viagem do Japão da DK eyewitness, descreveu diversas razões tentadoras sobre lugares, serviços e ou atividades bem típicas do país e resolvi compartilhar com vocês, confere só:

• Os famosos “trens balas”?! O Japão é um dos países que possuem este tipo de transporte, podendo atingir até 320 km/h.
• Celebração do Otaku: Os fãs de anime, mangá e cosplay geralmente tem destino certo e em Tokyo`s Harajuku district costuma ser uma parada popular entre eles.
• Hospedar-se em um “Ryokan”: A hospedagem é típica do Japão e é considerada como uma pousada com hospitalidade local com direito a costumes, quimono e tudo o mais. É uma das maneiras de experimentar a cultura japonesa.
• Castelos Incríveis: Pense na arquitetura oriental quando falamos sobre castelos, certo? É bem típico e não deixa de ser encantador.
• Visitar a Histórica Kyoto: A menina dos olhos da Unesco com mais de 1.600 templos budistas listados como patrimônio da humanidade.
• Temporada de Flor de Cerejeira: Não sei se há outro lugar mais bonito para se visitar nessa temporada. Normalmente os japoneses costumam fazer piquenique sob as árvores. Deve ser uma beleza e tanto. 

Pelo amor de Deus, não vá tentar arrancar flores das árvores e brincar de “bem me quer e mal me quer.” Isso é um NÃO completo para os Japoneses.

• Relaxar em um Onsen: O Japão é uma das regiões com mais vulcões ativos no mundo, então é bem comum encontrar piscinas termais por lá em todo o canto.
• Noites de Karaoke: Não é tão comum no ocidente encontrar salas de Karaokê para você soltar a sua voz, já no Japão é considerado um forte entretenimento por lá.
• Experimente a gastronomia: Você provavelmente já ouviu falar ou já experimentou a comida Japonesa, estando de passagem por lá, aproveite os restaurantes e comidas típicas tradicionais do Japão como o Sushi.

Tem muito mais tópicos para se abordar quando falamos de um destino e uma nova cultura. Se você ainda tem curiosidade sobre o que fazer ou saber do Japão, você deveria checar o site oficial de turismo do Japão que está repleto de curiosidades e informações úteis para quem pretende visitar.

Outra opção válida é checar os guias de viagem da Lonely Planet e DK Eyewitness, as informações são úteis para quem nunca viajou para fora do país, conhece pouco ou quase nada sobre o Japão.

Se você quer descobrir mais passeios e atividades turísticas no Japão e já reservar para a sua viagem, deveria conferir as opções disponíveis na Civitatis, Tíqets e Viator que estão realmente imperdíveis. 😎

Continuando ainda sobre a cultura no Japão, não podemos esquecer dos costumes relacionados a gastronomia e a famosa bebida saquê que é o ponto auge deste post, não é?! Vamos descobrir?

Cultura sobre bebida japonesa

“Kanpai!”

Enquanto na hora de levantar o brinde em uma comemoração dizemos “saúde” ou “cheers”, roubando o brinde do americano, no Japão é bem assim que se diz: “Kanpai”, e já esperam que se tomem logo todo o conteúdo do copo no vira-vira. Nada de deixar dar dengue no copo, simplesmente, vire e beba. É tradição e costume, faz parte da cultura japonesa.

Pelo menos o “copo” é pequeno, logo, o estrago sobre ficar “chapado” é controlado. Só não vale tomar 20x, certo?! Vai sair da comemoração trocando os pés. 😂

As bebidas consumidas no país são variadas, desde cervejas, vinhos e whiskies produzidos no Japão e populares por sinal, até outras bem específicas e típicas do mercado Japonês, como:

• Umeshu, um licor feito de ameixas japonesas
• Shochu, uma bebida destilada típica feita a partir de cevada, batata ou arroz.
• O Awamori é outra bebida destilada ainda mais especial já que é feita apenas em Okinawa.

Curiosidade: A comunidade Japonesa leva a sério a produção das suas bebidas, são mais de 2.000 cervejarias e destilarias ativas produzindo mais de 20.000 produtos únicos, tendo o Japão um histórico de mais de 2.000 anos com “tradições alcoólicas”.

Apesar da grande variedade que nos deixaram com a boca salivando para experimentar, não podemos deixar de falar sobre uma das bebidas mais tradicionais e dignas de história milenar como é o caso dos saquês.

Eu diria que parte dessa cultura alcoólica no Japão que começou a milênios atrás, está relacionada com a cultivação do arroz inicialmente em Kyushu, uma ilha próxima à China, (papo de 3.000 anos atrás). Lembrando que o arroz é uma das matérias prima principal para a produção de bebidas alcoólicas típicas japonesas.

De lá para cá, foi uma montanha russa tudo o que estava conectado ao mercado de bebidas alcoólicas e repleto de altos e baixos, com proibições das mais variadas, como: Interferência do budismo e catolicismo, restrições sobre o “pobre” poder ou não poder tomar as bebidas, até um quase “banimento do álcool” no país.

Ainda assim, toda a história da cultura e as bebidas japonesas saíram ilesas com os seus costumes nos dias atuais.

E se você é da turma que gosta de experimentar a gastronomia junto com alguma bebida e é fã dos famosos botecos, bares, pubs ou tascas, o nome que você deveria buscar no Japão para viver essa experiência é “The Izakaya”.

O bar típico do Japão, “The Izakaya” também reconhecido como “Sit-Sake-Shop” é o lugar onde você encontrará alguns pratos típicos para comer e bebidas para você aproveitar com os amigos e ou família.

Esse estilo de estabelecimento é bem popular entre japoneses e é considerado mais do que apenas um lugar para se beber e/ou comer. Alguns até dizem que chega a ser um “lugar seguro”, entre o stress do dia a dia no trabalho e das relações interpessoais familiares, se é que me entendem.

No nosso linguajar, por aqui é uma “válvula de escape”, porém, no japão é um pouco mais cultural  e apreciado como um “elixir social” que tem até um nome específico para essa expressão chamado “Nomikai” que é uma festa para beber.

Se você quiser viver a experiência aqui no Brasil é bemm possível. Confere só a visita do Victor Han em um Izakaya em São Paulo. Achei bem nossa “praia” por aqui, comer e beber é tudo de bom, não é?!

@victorrhan

o izakaya de milhões! amei demais e recomendo

♬ som original – Victor Han

Eu diria que mudamos a localização, mas talvez não os costumes. 😂

Mineiras como somos e Belo horizontinas raiz, nascemos na capital dos bares é quase normal tudo acabar em comemoração nos “botecos”. E pelo visto temos similaridades com o Japão, já que lá os “Nomikai” acontecem para fechar negócios, casamentos, comemorações acadêmicas, ascensão social, enfim é um “match” com algumas partes da cultura brasileira, não é?!

Se você quiser saber mais sobre a cultura e bebidas japonesas, o livro “The complete guide to Japanese Drinks”, conta com riqueza de detalhes todas essas informações sobre as bebidas Japonesas. E sim, nós lemos o livro para trazer esse conteúdo lindão aqui. Somos “fifis”, mas também gostamos de cultura!😎

Bebida saquê 

Sake ou Saquê, você encontrará diversas variações do nome de acordo com o idioma, entretanto, os famosos saquês também podem ser chamados como “A alma do Japão” poético eu diria, mas sempre é mais do que isso…

Antes de começar nossa conversa mais profunda sobre os saquês, vamos já dizer: Saquê não é vinho de arroz! Pronto, “falei tô leve” como dizem alguns brasileiros por aí.

Sempre quase tudo começa em história e com o saquê não foi diferente. Apesar de ter que voltar no tempo (coisa de milênios) para começar a história do saquê, em períodos não tão remotos em 1970 para ser mais precisa, comerciantes chegaram a dizer que o famoso saquê era um vinho de arroz para tornar a bebida mais “acessível” para os ocidentais.

Não sei se foi a melhor estratégia para o saquê cair nas graças dos ocidentais, até porque neste caso não é uma mentirinha contornável é bem impossível mesmo e vamos te contar o porque:

Como muitos de vocês são curiosos e já sabem um pouco mais sobre os vinhos, inclusive sobre a praticidade de se fazer vinhos em tempos remotos (para mais de 7.000 anos antes de Cristo). Os processos vinícolas envolviam a maceração das uvas com os pés, como também deixar aquele suco “fermentar” por um tempo em condições nada higiênicas ou ideais. 

Com o Saquê não existiu papo de praticidade sobre a produção, as bebidas foram aparecer na história da humanidade no século 2 antes de Cristo em território Chinês e no século 3 em território Japonês.

E tratando-se de produção de saquê, queridos… nem se quisesse macerar o arroz com os pés e deixar ao relento para fermentar com os “microrganismos naturais” daquele processo, seria possível obter o famoso saquê. No máximo que você conseguiria, envolveria um recipiente com arroz muito sujo.

Então, nada de vinhos de arroz, certo?! É um NÃO mesmo. 😂

Para isso é óbvio que temos uma explicação lógica e até científica. O processo chave da produção que envolve ambas as bebidas está conectado à fermentação, porém, as condições básicas do ambiente e dos produtos utilizados vão interferir diretamente no que será produzido ou não.

Neste caso, pensando em tempos remotos e as duas matérias primas principais, temos as uvas para se fazer vinhos e o arroz para a produção de saquês. Falando de uma maneira rápida e sem entrar em detalhes científicos demais para dificultar a sua vida, as uvas naturalmente são frutas “doces”, ou seja, possuem alta quantidade de açúcar que quando são maceradas e expostas a um ambiente com “fermento natural”, acabam fermentando aquele suco de uva e transformando a bebida em vinho.

Pensando no arroz, o mesmo processo não pode ser aplicado para a produção de saquês, já que o grão é rico em AMIDO e para se tornar rico em “AÇÚCAR” é necessário outros processos mais complexos do que maceração. Com a adição de outros processos, a matéria-prima torna-se “fermentável” e só então, apropriada para a produção de Saquê.

Resumindo: O que leva a situação propícia para a fermentação é a disponibilidade de açúcar no meio, para o fermento em condições ideais, agir. E neste caso, macerar não fará milagres transformando o amido do arroz em açúcar. 🤓

Agora… Isso é papo nerd demais para quem está querendo apenas beber, não acham?! 🤔 Ainda assim, se quiserem saber mais como é feita a bebida ao pé da letra e cheio de termos técnicos, o Livro The Japanese Sake Bible pode ser uma leitura leve e instrutiva!

Ainda que o assunto para dentro das indústrias me comova, vamos às informações básicas: Para além das mesas de bares que te ajudarão a entender o suficiente, para fazer boas escolhas e fazer o seu pedido na sua próxima experiência com saquês… 

Descubra curiosidades sobre o universo de Saquês

O que são saquês e de que são feitos?

Saquês nada mais são do que bebidas fermentadas e filtradas, muito popular no Japão feita à base de arroz, Koji (fermento) e água. A bebida também pode ser chamada de “Seishu” (saquê refinado) ou “nihonshu”.

A palavra Sake está relacionada com a palavra japonesa Sakaeru e significa florescer ou prosperar, poderia até levar o significado ao pé da letra com relação ao saquê. Apesar de parecer simples demais o tipo de bebida, não chega nem perto de “simples” considerando as tradições japonesas.

O saquê por lá é considerado uma interação diferente da bebida moderna, uma contribuição para lá de interessante no mundo das bebidas.

Curiosidade: Se você pesquisar bem direitinho, vai se surpreender e descobrir que até saquê espumante existe para as suas comemorações mais sofisticadas.

Dizem por aí, que o segundo ministro Masayoshi Ohira, lá em 1980 disse em uma de suas reuniões de gabinete, que “Saquês são as bebidas nacionais do seu povo”, ele até usou um termo bem local “kokusho” que nada mais é que álcool nacional.

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Quais são os tipos de saquês?

Quem achou que era tudo igual, além das diferenciações de marca para marca, se enganou. Você poderá encontrar em mercados, pubs e restaurantes diferentes tipos de saquês para experimentar, são eles:

• Fūtsūshu (普通酒) 
• Junmai (純米) 
• Honjozo (本醸造) 
• Ginjo (吟醸) 
• Daiginjo (大吟醸) 
• Namazake (生酒) 

Se você estiver curioso demais para saber a diferença entre eles, confere só esse post do Go Go Nihon sobre o assunto e  que por sinal está super completo.

Qual o teor alcoólico do saquê?

 Eu diria que o teor alcoólico do saquê é algo bem similar aos vinhos que geralmente possuem entre 10% a 15% de álcool, enquanto o saquê possui o teor alcoólico entre 13% a 16%.

Como beber os saquês?

As formas de apreciar os saquês podem variar em diversas formas, diferente de outras bebidas que geralmente são apreciadas puras e geladas ou até mesmo misturadas em coquetéis.

Os saquês e as formas possíveis de bebe-los são bem diversos e podem oferecer diferentes experiências gastronômicas. Mudando-se apenas a temperatura, a mixologia com outras bebidas ou até mesmo obter diferentes sabores pareando com alguns tipos de comida.

A primeira dica aqui, caso seja a sua realidade: Se você comprou saquês japoneses, em uma loja especializada ou até mesmo em um supermercado, geralmente, algumas marcas costumam indicar no rótulo algumas recomendações sobre como experimentar o tipo de saque que você comprou.

De forma geral e dependendo do tipo de saquê que você experimentará você poderá testá-los em temperatura morna, quente, fria ou gelada. Confira algumas opções mais detalhadas e possíveis sobre como os saquês podem ser servidos de acordo com o livro “The Japanese Sake Bible”:

• Kan: The hot Stuff

Bem assim mesmo como o autor descreveu no livro e pode ser reconhecido entre os apreciadores de saquê como “Kan – Zake” ou “Heated sake” que nada mais é do que beber o saquê quente.

Muitos apreciadores de saquês não são muito a favor da bebida quente, até porque muito provavelmente, se você lembrar das aulas de química do ensino médio, se lembrará que o álcool evapora com mais facilidade que a água. Logo, esquentar o seu saque em altas temperaturas de qualquer maneira poderá modificar o sabor da sua bebida e de quebra perder o efeito de “bebida alcoólica”.

Há outras maneiras de se esquentar o saquê sem perder suas propriedades e que geralmente restaurantes ou bares especializados em gastronomia oriental costumam prepará-los. Vale perguntar sobre, no estabelecimento que você estiver se quiser experimentar dessa maneira.

• Hitohada – Kan

Basicamente, o saquê servido em temperaturas em torno de 35 °C e 40 °C. Nessas temperaturas os aromas da bebida começam a aparecer é uma boa pedida para saquês do tipo “daiginjo”.

• Nurukan

Esse estilo que por sinal está conectado com o nome, considerando que Nuru é o mesmo que morno, as temperaturas desse modo que é servido o saquê estão entre 40°C e 45°C. Os aromas também estão mais presentes durante a degustação, porém, não é a melhor pedida para o tipo de saquê Daiginjo e sim os tipos Ginjo, Junmai e Honjozo.

• Jyokan

No Japão esse é o modo de servir considerado temperatura padrão para um saquê aquecido, em torno de 45 °C e 50 °C. Normalmente é uma boa opção para o saquê do tipo Honjozo.

• Atsukan

Considerado como o saquê quente com temperaturas entre 50 °C e 60 °C, o modo Atsukan de servir saquê é comumente aplicado para saquês do tipo Honjozo.

Existem outras temperaturas e modos como o saquê é servido e incentivamos vocês fortemente a pesquisar mais. Encontramos esse post super completo do site Takarasake que é quase um guia sobre como você experimenta o sake à sua maneira.

Vale a leitura, entretanto, o conteúdo está em inglês, mas nada que o tio Google não resolva, certo?! O importante é adquirir o conhecimento e ter a melhor experiência.

Contudo, já falado por aqui, acreditamos que você já tenha uma boa ideia de como escolher o seu saquê e apreciá-lo. Porém, ainda há algumas dicas interessantes sobre como experimentar os saquês e que foram encontradas entre as páginas do livro “The Japanese sake Bible”. confere só:

• Para viver a experiência completa e sentir o aroma dos saquês japoneses é interessante se atentar aos cheiros que você está usando. Usar perfumes, lavar as mãos com sabonete com cheiro forte, ou ficar próximo a comidas com aromas fortes como o café, comidas apimentadas podem atrapalhar a sua experiência sensorial.
• Não esqueça de solicitar ao atendente durante a sua experiência com saquê, “Yawaragi – Mizu” (água). Apesar de o saquê não ser uma bebida com forte teor alcoólico se comparada a outras bebidas destiladas, nem todos que bebem saquê desejam ficar “tontos” e neste caso, a água ajudará a hidratar o seu corpo e evitar os efeitos desagradáveis do álcool.
• Servir o saquê e recebê-lo faz parte da cultura japonesa e na cultura deles é indicado fazer isso com as duas mãos.

• De forma geral os saquês podem apresentar sabores mais secos (Karakuchi) ou doces (amakuchi). Para diferenciá-los, você deverá checar no rótulo da garrafa o “Nihinshudo” que é uma escala a qual mostrará o nível entre estas duas classificações que o saquê da garrafa apresenta.

Para vocês entrarem no clima da cultura japonesa com o saquê, confira só o conteúdo que o canal Peach no Japão fez sobre o saquê. Para quem é curioso o conteúdo está incrível.

Por aqui, já comentamos com vocês os tipos de saquês existentes no mercado. Entretanto, para fazer boas escolhas e pareamentos com comida você pode querer levar em consideração, os estilos (modo como a bebida é produzida) de saquês existentes. Claro, assim como os vinhos que são classificados por tipo e estilo, os saquês também possuem uma variação similar.

Confere só algumas dessas observações e ou possíveis pareamentos feitas pelo autor Brian Ashcraft:

• Daiginjo and Ginjo: Costumam ser uma boa opção para parear com comidas mais leves e geralmente é melhor quando servido gelado, além de ser uma ótima pedida para o verão.
• Kimoto and Yamashi: São estilos mais versáteis que combinam com uma grande variedade de alimentos, entretanto, não é uma bebida interessante para ser servida como aperitivo e sim junto com a refeição principal. Outro ponto para se atentar é como geralmente é servido. É indicado para estações mais frias já que o estilo é melhor apreciado em temperatura ambiente ou quente.
• Bodaimoto (mizumoto): Esse estilo de saquê é mais ácido e normalmente é pareado com pratos que tenham queijo na receita.
• Sparkling sake: Assim como o vinho espumante, o “sparkling sake” também é um estilo que funciona bem servido durante uma refeição ou junto com biscoitos, queijos, frutas e chocolate branco.
• Nigori : É um estilo o qual não vai ser uma boa combinação com comidas apimentadas.
• Koshu: Koshu é uma ótima opção para se parear com queijo, dependendo da doçura do saquê escolhido também podem ser opções de combinações com o chocolate escuro e tradicional que amamos.
• Kijoshu: Esse estilo é bem coringa, ele foi desenvolvido para ser uma boa combinação com uma refeição completa. É doce mas também ácido.

Se você quiser entender um pouco mais sobre os estilos de saquê, pode conferir nesse post do takarasake que está bem interessante por sinal.

Onde comprar saquês e bebidas japonesas?

Para você que quer experimentar o saquê e não quer ir em um restaurante, pub ou até mesmo um Izakaya, separamos algumas opções de ecommerce onde poderá encontrar algumas opções bem interessantes. Confere só:

Brasil

• Comprar Saquês na Amazon
• Comprar saquês na Imigrante Bebidas
• Comprar bebida japonesa na Amazon

Portugal

• Comprar Saquês no Auchan
• Comprar Saquês na Garrafeira Nacional
• Comprar bebida japonesa na Lavínia
• Comprar bebida japonesa no Bodeboca

Os 4 melhores saquês para você experimentar

Agora é a hora que muitos podem concordar ou até discordar, afinal,  cada um possui determinados parâmetros para considerar o que é bom ou ruim. Por isso, aqui gostamos de ir além e buscar fontes ou referências que tenham mais conhecimento para julgar sobre, do que nós, meras curiosas.

E cara, eu já disse que o livro “The Japanese Sake Bible” é um achado para quem deseja saber mais sobre o universo de saquê, não é?!

E olha que não é #publi é só uma leitura boa que amo compartilhar por aqui. E neste caso, além de ter várias informações para você desvendar no universo do saquê, os queridos autores e responsáveis por esse livro, foram literalmente a campo e visitaram mais de 150 indústrias de saquês. Além de serem sommeliers e terem ganho a premiação “2021 Gourmand Cookbook Award Winner for Japan in Spirits and Other Drinks”.

Resumindo, eles realmente sabem o que estão fazendo. E no meio de tantas informações sobre saquês, eles ainda fizeram uma espécie de top 100 saquês ao redor do mundo para você experimentar.

Eu achei incrível para quem é leigo e ainda assim deseja experimentar, entretanto, vou falar de alguns da lista, mas se quiserem ver todos é só no livro, fechado?!

• Azuma Kirin Saquê Nama

Marca: Kikkoman do Brasil (Campinas – SP)

Classificação: Nota 4 em 5

Considerações do autor: Suave sem ser enjoativamente doce e não muito ácido. Há notas de melão, moscatel e mel, no final da degustação é possível notar uma leve nota lática apimentada.

Combinações recomendadas: comidas fritas até o famoso “Fish and Chips” vai bem.

• Kuromatsu Kenbishi

Marca: Kenbishi Sake Brewing (Higashinada, Kobe)

Classificação: Nota 5 em 5

Considerações do autor: Um produto barato e facilmente encontrado no Japão além de ser encontrado para comprar em outros países. É um saquê suave com sabores graciosos balanceados com elegância. Uma descrição um tanto quanto poética se me perguntar, entretanto, há algo mais específico. Quando em temperatura aproximada a 45 °C, o saquê continua suave, porém, pode-se notar acidez também, assim como notas cítricas e amargas permanecem no fim da degustação. É um saquê ideal para se servir aquecido.

Combinações recomendadas: Peixe assado e mais seco, carne de porco mais gorda grelhada ou tofu.

• Shinkame Junmai Seishu

Marca: Shinkame Shuzo (Hasuda, Saitama Prefecture)

Classificação: Nota 5 em 5

Considerações do autor: Quando servido próxima a 55 °C, o saquê apresenta notas de arroz cozido, leite condensado e distintivos com sabores láticos ácidos. Há notas ácidas seguidas de cascas de frutas cítricas secas, folhas secas, amargor junto a um aroma leitoso e doce.

Combinações recomendadas: Um prato rico em “Umami” como ostras grelhadas. A acidez e doçura encontrada neste saquê são uma boa combinação com sabores salgados.

• Suginishiki Tempo 13

Marca: Sugii Shuzo (Fujieda, Shizuoka Prefecture)

Classificação: Nota 5 em 5

Considerações do autor: Esse saquê é uma bebida suave e elegante com a presença de uma acidez agradável ao paladar. Possui aromas de cascas cítricas com um final decisivo e afiado com sabor de casca de limão.

Combinações recomendadas: Sashimi rico em Umami traz à tona algumas nuances de arroz. É também uma boa opção acompanhado de pasta à carbonara.

Wow depois desse post repleto de informações sobre a cultura japonesa e o famoso saquê, aposto que você já está um pouco mais preparado para experimentar a bebida na sua próxima experiência gastronômica, certo? Depois conta para a gente o que achou. 😊

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